Diabetes e os Rins - Nefropatia Diabética
Ter DIABETES aumenta o risco de diversas outras doenças, incluindo infarto, AVC (derrame), retinopatia diabética (perda de visão), neuropatia (alteração dos nervos) e doenças nos rins. A princípio isso parece assustador, mas há um boa noticia! Muito das mudanças e cuidados que você precisa fazer para prevenir uma dessas doenças, na verdade ajuda na prevenção de todas!
Os rins exercem uma importante função no nosso corpo. Eles filtram todo o sangue, diversas vezes ao dia, removendo todas as toxinas e excesso de sal e água do nosso corpo. Se os rins começam a ficar doentes, a função que eles exercem fica prejudicada, tornando o sangue “sujo” de toxinas.
Descobrir que você tem nefropatia diabética (doença renal) logo no seu inicio, pode alertá-lo que os seus rins estão em perigo! Os rins, assim como os olhos e os nervos, podem ser acometidos e sofrer alterações importantes em decorrência do excesso de açúcar no sangue.
A NEFROPATIA DIABÉTICA geralmente não causa sintomas, e as pessoas que as tem geralmente produzem uma quantidade normal de urina. Para detectar precocemente a nefropatia diabética é preciso realizar testes que avaliem a excreção de determinadas proteínas na urina assim como exames de sangue que avaliem a função dos rins.
Alguns fatores aumentam o risco do aparecimento da NEFROPATIA DIABÉTICA, tais como: altos níveis de GLICOSE (açúcar) no sangue cronicamente, obesidade ou sobrepeso, tabagismo, a presença de RETINOPATIA DIABÉTICA (problemas nos olhos) ou de NEUROPATIA DIABÉTICA.(alteração dos nervos)
A primeira alteração no rim do paciente com DIABETES é funcionar demais! Sim, ele passa a filtrar 20% a mais do que o normal (hiperfunção renal), podendo ocasionar perda de proteína na urina. Tanto a hiperfunção renal como a proteínúria (perda de proteína na urina) são reversíveis com o bom controle do DIABETES.
Com o tempo as lesões começam a atingir os glomérulos (local do rim onde ocorre a filtração do sangue) e os vasos sangüíneos, ocasionando uma piora progressiva da função dos rins.
É preciso monitorizar periodicamente a função dos rins no paciente com DIABETES. Isso pode ser feito através da dosagem da albumina na urina e da creatinina no sangue.
É recomendado realizar a dosagem inicial de albumina na urina ao diagnóstico no paciente com DIABETES tipo 2 e após 5 anos do diagnóstico nos pacientes com diabetes tipo 1. Se os valores estiverem normais, é preciso repetir a dosagem anualmente.
A creatinina não causa prejuízo ao nosso corpo, sendo produzida e eliminada de forma constante pelo organismo. Se os rins não estão conseguindo eliminar a creatinina produzida diariamente pelos músculos, eles provavelmente também estarão tendo problemas para eliminar diversas outras substâncias do nosso metabolismo, incluindo toxinas. Portanto, um aumento da concentração de creatinina no sangue é um sinal de insuficiência renal.
Quando os rins do paciente começam a funcionar de forma inadequada e a sua capacidade de filtrar o sangue fica prejudicada, as concentrações de creatinina no sangue tendem a ser elevar. De uma maneira geral, quanto mais alta for a creatinina sanguínea, mais grave é a insuficiência renal.
No estágio final da doença os rins param de funcionar, sendo necessário o uso de máquinas que realizem a função que antes os rins faziam (diálise).
As principais mudanças que devem ser feitas para evitar o aparecimento ou a progressão da doença dos rins são:
- Mudança do estilo de vida (alimentação saudável e atividade física)
- Perda de peso
- Parar de fumar
- Controle dos níveis de glicose no sangue --> diminuindo o consumo de carboidrato e aumentando o consumo proporcional de gorduras. Em pacientes com Insuficiencia Renal Crônica realizar uma dieta Low Carb é segura e diminui mortalidade.
- Controle da pressão arterial.
Na CONSULTA COM O ENDOCRINOLOGISTA tire as suas dúvidas e informe-se. A informação é um importante remédio no TRATAMENTO DO DIABETES!
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