Glicemia Capilar - Monitorização do Diabetes
O teste de GLICEMIA CAPILAR – o teste da “gotinha” ou “ponta de dedo” - possibilita conhecer os níveis de glicemia durante o dia, em momentos que interessam para acompanhar e avaliar a eficiência do plano alimentar e medicamentoso (medicação oral e insulina), assim como orientar as mudanças no TRATAMENTO DO DIABETES.
Eles refletem o valor da GLICOSE (açúcar) no sangue do momento exato em que foram realizados, enquanto os testes de Hemoglobina Glicada (HbA1c) revelam a glicemia média pregressa dos últimos 4 meses.
Os valores da glicemia podem ser muito variáveis, com valores que podem ser muito diferentes de um dia para o outro. Essa variação pode ser secundária a inúmeros fatores, como o uso de medicações, atividade física, alimentação e/ou estresse emocional. É importante anotar os valores e discutir posteriormente com seu ENDOCRINOLOGISTA.
A glicemia capilar é realizada colocando uma gota de sangue capilar em uma fita descartável acoplada ao GLICOSÍMETRO.
Após a limpeza com água e sabonete ou álcool a e completa secagem, a punção para a coleta de sangue deve ser feita na lateral da polpa digital, com lancetador próprio, ajustado no menor número possível da ponteira, o que reduz o desconforto.
A gota de sangue obtida deve ser mínima, suficiente para o preenchimento do local indicado na fita reagente.
A medida da glicemia pode ser distorcida pelo uso de cosméticos, pela presença de álcool, gel alcoólico ou água nas mãos.
Do ponto de vista técnico, os glicosímetros devem ser checados periodicamente quanto ao funcionamento e a qualidade de seus resultados. Isso garante que os resultados obtidos apresentem, de confiabilidade adequada para serem utilizados na automonitorização.
Cada aparelho tem seu mecanismo de calibração. Mesmo nos aparelhos calibrados, existe uma variação aceitável da ordem de até 20%. Ou seja, se realizar dois exames em seguida com a mesma punção no dedo, e em uma leitura o valor for de 100 mg/dL, na segunda, um valor entre 80 mg/dL e 120 mg/dL é considerado aceitável.
É recomendável que periodicamente se faça um teste comparativo entre o resultado da GLICOSE obtido no glicosímetro com aquele obtido com a dosagem no laboratório. Portanto, quando for realizar a dosagem de glicose no laboratório, leve o seu aparelho (glicosímetro). Ambas as amostras (ponta de dedo e sangue da veia) devem ser colhidas no momento da realização do teste no glicosímetro.
O glicosímetro é um aparelho preciso, mas erros podem acontecer devido a procedimentos incorretos, tais como:
1. Limpeza inadequada do aparelho
2. Uso do glicosímetro ou da fita em temperaturas diferentes da temperatura ambiente
3. Fitas fora do período de validade
4. Glicosímetro não calibrado para a caixa de fitas em uso
5. Gota de sangue muito pequena
Não existe uma recomendação padrão da frequência de testes glicêmicos que seja aplicável a qualquer paciente. A individualização irá depender da fase do tratamento, se foi feito ajuste recente de dose ou mudança de medicação, da presença de estresse clínico (ex. infecções) ou cirúrgico, episódios de HIPOGLICEMIAS graves e das medicações utilizadas (ex. INSULINA).
Ao anotar o resultado da sua glicemia capilar, lembre-se de registrar também situações que possam ter interferido com o seu resultado, tais como: infecções, atividade física, menstruação, não aplicação da dose de insulina, refeição diferente da usual.
Isso ajudará você a entender melhor o comportamento do seu Diabetes além de facilitar o ajuste das medicações pelo seu endocrinologista!
Na CONSULTA COM O ENDOCRINOLOGISTA tire as suas dúvidas e informe-se. A informação é um importante remédio no TRATAMENTO DO DIABETES!