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Dieta Low Carb e Diabetes: 11 motivos para preferir a dieta Low Carb!

 

A situação atual em relaçao ao cuidado do diabetes no sistema de saúde dos Estados Unidos mostra a incapacidade das recomendações existentes para controlar a epidemia de diabetes, a falha das dietas de baixo teor de gordura para melhorar as taxas de obesidade, risco cardiovascular ou saúde geral e os relatos contínuos de efeitos coaterais das medicacoes comumente prescritas para o tratamento do diabetes.

 

 

A taxa de sucesso das dietas de baixo carboidrato (Low Carb) no tratamento do diabetes e síndrome metabólica, sem efeitos colaterais significativos, apontam para a necessidade de uma reavaliação das diretrizes dietéticas. Os benefícios imediatos da restrição de carboidratos em pacientes com diabetes incluem redução de glicemia elevada, maior perda de peso, menos efeitos colaterais em comparação com a terapia medicamentosa para o tratamento do diabetes e redução ou suspensao de medicamentos. Este artigo descreve as evidências atuais que apóiam o uso de dietas com baixo teor de carboidratos (dieta Low Car) como a primeira abordagem para o tratamento da diabetes tipo 2 e um complemento eficaz à farmacologia no diabetes tipo 1. Esses resultados representam os estudos mais documentados e menos controversos.

 

 

Sabe-se que as pessoas com diabetes têm uma resposta alterada no metabolismo dos carboidratos, o que pode levar a hiperglicemia. Hussain et al. comparou uma dieta cetogênica (dieta com muito baixo carboidrato cetogenica - VLCKD) com uma dieta de baixa caloria ao longo de um período de 24 semanas em pessoas com diabetes e sem diabetes. A glicemia diminuiu mais no grupo VLCKD (Low Carb) do que na dieta hipocalórica. Os pacientes com diabetes tipo 2 apresentaram um nível médio de glicose no sangue aproximadamente 18 mg/dL menor do que no grupo de dieta com baixo teor calórico. Mais significativamente, o grupo VLCKD aproximou-se dos níveis normais de açúcar no sangue após 24 semanas, enquanto no outro grupo do estudo a glicemia permanecer elevada. Finalmente, os pacientes participantes do VLCKD (dieta low carb) obtiveram uma média de HbA1c de 6,2% em comparação com uma média de> 7,5% para o grupo de dieta com baixo teor calórico (hipocalórica – restritiva).

 

 

Os dados do National Health and Nutrition Examination Surveys (NHANES) indicam o grande aumento no consumo de carboidratos como principal contribuinte para o aumento do consumo calórico nos EUA entre os anos 1974 e 2000. A ingestão de carboidratos nos homens aumentou de 42% para 49% e, nas mulheres, subiu de 45% para 52%. Há dados que sugerem uma correlação entre o aumento da ingestão de carboidratos e o aumento dos diagnósticos de diabetes. Estas medidas epidemiológicas são apoiadas por mecanismos bioquímicos. Especificamente, a lipogenese não controlada provoca esteatose hepática que está intimamente associada com o aparecimento de obesidade, resistência à insulina e diabetes tipo 2.

 

 

A melhora metabólica nos pacientes com diabetes tipo 2 pode ser vista em qualquer nível de perda de peso. Quando a American Diabetes Association recomenda dietas com menos carboidrato, é com a ideia de que o maior benefício é secundário a perda de peso. No entanto, uma série de estudos científicos bem planejados demonstraram uma melhora no controle glicêmico do diabetes e dos parâmetros hormonais e lipídicos em condições nos quais os pacientes com uma dieta baixa em carboidratos (Low Carb) mantiveram um peso constante. Os resultados de um estudo recente indicam que a melhora no controle glicêmico com uma dieta de baixo carboidrato é atingida independentemente da perda de peso - não há correlação. Dadas as dificuldades que a maioria das pessoas tem em perder peso, este fator sozinho fornece uma vantagem óbvia para dietas de baixo teor de carboidratos (Low Carb).

 

 

Como vimos uma dieta baixa em carboidratos proporciona benefícios na ausência de perda de peso. Quando comparado às dietas low-fat, dietas Low Carb mostram frequentemente resultados visivelmente melhores. Um estudo randomizado comparou uma dieta pobre em carboidratos (Low Carb) com uma dieta "saudável" durante 3 meses em pessoas com diabetes e sem diabetes. O estudo relatou que quase todos os participantes na dieta Low Carb tinham uma perda de peso bem-sucedida de 2kg como um corte arbitrário, enquanto que no outro grupo (a dieta "saudável") apenas metade chegou a essa marca. Ao comparar um VLCKD – Low Carb - com uma dieta de baixo teor de gordura, os resultados mostraram perda de peso foi melhor no VLCKD do que a dieta de baixo teor de gordura. Dietas com baixo teor de gordura têm mostrado resultados ruins a longo prazo para os pacientes, e este conceito foi recentemente destacado na Women's Health Initiative. No estudo, as mulheres foram instruídas a seguir uma dieta de baixo teor de gordura, o que resultou em uma perda de peso modesto. No entanto, no final da intervenção, muitos recuperaram o peso de volta.

 

 

A adesão a uma dieta Low Carb, medida em estudos clínicos, é geralmente igual ou melhor do que outras dietas contendo o mesmo número de calorias e é comparável com a de muitas intervenções farmacológicas. Uma comparação do número de pessoas que concluiram o estudo em uma dieta Low Carb versus restrição de gordura, em 19 estudos, mostrou comportamentos semelhantes para as duas dietas. A adesão, que foi melhor nos grupos de dieta Low Carb, foi atribuída ao efeito da restrição de carboidratos na saciedade e supressão do apetite devido a efeitos comportamentais e hormonais.

 

 

Um grande número de ensaios clínicos controlados randomizados compararam dietas com maior teor de proteínas e dietas com baixo teor de carboidratos (HPLCDs) com dietas com baixo teor de gordura, e um número de revisões sistemáticas e metanálises avaliaram a eficácia e a segurança a curto prazo. Eles demostraram que HPLCDs têm efeitos mais favoráveis sobre a perda de peso, composição corporal, taxa metabólica de repouso e risco cardiovascular do que as dietas com redução de gordura. Dietas Low Carb foram associadas com diminuições significativas no peso corporal, índice de massa corporal, níveis de triglicerídeos (TG) e pressão arterial, mostrando também melhorias em vários outros indicadores metabólicos e lipídicos.

 

 

Atualmente falta evidencia que demonstre uma associação entre a gordura da alimentação e o risco para a doença cardiovascular. Metanálises recentes ajudaram a resolver a questão de uma relação causal entre gordura na dieta e doença cardiovascular. As conclusões dos estudos demostram que não há nenhum benefício em substituir a gordura saturada por carboidratos ou gorduras poliinsaturados. Houve várias análises estatísticas inadequadas ao longo dos estudos destacados. No final, nenhum dos 15 estudos sobre a substituição de gordura saturada por carboidratos mostrou qualquer efeito sobre as mortes por doença do coraçao. Depois de analisar as evidências, é razoável concluir que se há algum risco em substituir os carboidratos pela gordura saturada, esse risco é uma hipótese e com efeito a longo prazo, além de não comprovado, não devendo portanto, anular o benefício estabelecido e imediato da substituição.

 

 

Uma barreira significativa à implementação da dieta Low Carb como terapia no manejo no tratamento do diabetes é o medo tradicional do efeito sobre a gordura no sangue e, por exemplo, a tendência da gordura saturada na dieta para elevar o colesterol total do sangue. O raciocínio para a preocupação é a partir da idéia de que, porque a gordura saturada dos alimentos pode elevar o colesterol no plasma, é assumido que isso fosse causar doença cardíaca. A falácia é que os dados foram estatísticos e não mostraram um nexo causal direto. Uma maior ambiguidade na literatura continua a aumentar com a extrapolação de dados de roedores, embora os resultados não sejam vistos em seres humanos.

 

 

A dieta Low Carb é a intervenção mais eficaz para reduzir todas as características da síndrome metabólica. Os resultados de um estudo comparando um baixo índice glicêmico (dieta de baixo IG) com uma dieta padrão de cereais em 201 pessoas com diabetes tipo 2 mostraram um aumento de 1,7 mg / dl nos níveis de HDL para a dieta com IG baixo em comparação com 0,2 mg / Dl para o outro braço. Outro estudo comparando uma dieta de baixo IG com um VLCKD (Very Low Carb Ketogenic Diet) mostrou resultados surpreendentes entre os dois grupos. A dieta VLCKD mostrou a maior diminuição de TG, assim como em peso, HbA1c e glicose, e um maior aumento de HDL.

 

 

A restrição de carboidratos em uma dieta Low Car mostrou ter tanto impacto que em um estudo há a descrição de pacientes que eliminam os medicamentos necessários para o tratamento do diabetes. Em um estudo com 11 participantes em um VLCKD em comparação com a dieta moderada de carboidratos, 5 pacientes foram capazes de reduzir ou descontinuar um medicamento, e dois pacientes foram capazes de interromper todos os medicamentos. Dois estudos adicionais relataram resultados semelhantes, provando que este resultado é uma característica da restrição de carboidratos em diabéticos tipo 2.

 

 

É preciso uma reavaliação das recomendações dietéticas na gestão do tratamento do diabetes. Os benefícios da restrição de carboidratos são imediatos e bem documentados. A maioria das objeções decorre dos perigos propostos de gordura total ou saturada incorporada na chamada hipótese dieta-coração. Está bem estabelecido que a perda de peso, por qualquer método, é benéfica para indivíduos com diabetes.

 

 

As vantagens de uma abordagem Low Carb foram reconhecidas e o conhecimento atual determina que a restrição de carboidratos deve ser um padrão no manejo do cuidado com diabetes tipo 2 e um adjuvante naqueles com diabetes tipo 1. Dado o resultado superior das dietas Low Carb, os pacientes devem ser encorajados a seguir esta abordagem.

 

 

Resumo prático:


1. A restrição de carboidratos na dieta (Low Carb) tem o maior efeito na diminuição dos níveis de glicose no sangue.


2. Durante a epidemia de obesidade e diabetes tipo 2, aumentos calóricos foram devidos quase inteiramente ao aumento de carboidratos.


3 Benefícios da restrição de carboidratos na dieta não exigem perda de peso.


4. Estudos mostram que a restrição de carboidratos (dieta Low Carb) é a melhor intervenção para a perda de peso.


5. A adesão a uma dieta baixa em carboidratos (Low Carb) em pessoas com diabéticos tipo 2 é pelo menos tão boa quanto a adesão a qualquer outra intervenção dietética e é frequentemente significativamente melhor.


6. A substituição de carboidratos por proteínas é geralmente benéfica.


7. A gordura dietética total e saturada não se correlaciona com o risco de doença cardiovascular.


8. O melhor preditor de complicações microvasculares e, em menor medida, macrovasculares em pacientes com diabetes tipo 2, é o controle glicêmico (HbA1c).


9. A restrição de carboidratos na dieta é o método mais eficaz para reduzir os triglicerídeos séricos e aumentar o HDL.


10. Os pacientes com diabetes tipo 2 em dietas com restrição de carboidratos reduzem e freqüentemente eliminam a medicação e os diabéticos tipo 1 requerem menos insulina.


11. A diminuição da glicose intensiva por restrição de carboidratos na dieta não tem efeitos colaterais comparáveis aos efeitos do tratamento farmacológico intensivo.

 

 

 

Feinman RD, Pogozelski WK, Astrup A, et al. Dietary carbohydrate restriction as the first approach in diabetes management: Critical review and evidence base. Nutrition. 2015;31(1):1-13. Abstract

 

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